
Leandro Cagiano é fotógrafo de natureza e conservação. A partir da interseção entre ciência, arte e narrativa, desenvolve projetos visuais que revelam as complexidades dos ecossistemas e a potência simbólica da relação entre seres humanos e o ambiente natural. Com uma linguagem visual inspirada na pintura e no design, seu trabalho busca provocar emoção e estimular uma consciência mais sensível e comprometida com o planeta. Seus trabalhos têm como foco histórias de impacto ecológico e esperança, revelando recortes inesperados do mundo natural e suas transformações.
2014
Leandro Cagiano produziu o seu primeiro grande trabalho profissional em um projeto de pesquisa e conservação de golfinhos. Foram 4 anos produzindo imagens sobre a espécie, seu habitat e todo o seu entorno.
2019
2020
Produção do projeto Maré de Lua
Documentou o maior incêndio do Pantanal ao lado do Greenpeace. As imagens correram as mídias globais e viraram uma web serie.
2021
Documentou a expedição que refez a jornada do Marechal Rondon e do Ex-presidente americano Theodore Roosevelt no que era chamado Rio da Dúvida, hoje Rio Roosevelt.
2023
Foi finalista Prêmio FotoDoc
Teve suas fotografias publicadas em um edição inteira da Revista Casa Comum
2024
Trabalho selecionado para projeção Diálogos da Terra - 13° Festival de Fotografia de Tiradentes
Desde cedo, tive duas paixões que pareciam caminhar em direções opostas: a arte e a conservação da natureza. Durante a adolescência, estudei desenho, pintura e ilustração, mergulhando na estética das formas e da luz. Mais tarde, ao ingressar na faculdade de biologia, percebi que havia uma ponte possível entre esses dois mundos. Foi através da fotografia que encontrei essa síntese, uma ferramenta capaz de unir o rigor da ciência à potência expressiva da arte.
Meu olhar foi profundamente influenciado pelos grandes pintores e pelo design gráfico, que me ensinaram a compor imagens com equilíbrio e emoção. Mas também foi moldado pela escuta dos territórios e das histórias que eles guardam. Um ponto de inflexão na minha trajetória foi o período em que vivi na Bahia, documentando o cotidiano de pescadores e caçadores de polvo. Essa experiência mudou meu entendimento sobre a presença humana na paisagem: compreendi que não se trata de capturar o animal ou o ambiente isoladamente, mas de revelar as relações entre eles, suas tensões, fragilidades e potências.
Hoje, desenvolvo projetos que transitam entre a fotografia de vida selvagem e a documentação ambiental, sempre guiado por uma linguagem visual própria, construída a partir da luz, da sombra e da composição como forma de escavar camadas mais profundas da realidade. Meus temas nascem do que me toca: a regeneração de uma floresta, o trabalho de um pequeno agricultor, o esforço de proteção a uma espécie, ou a esperança que resiste mesmo em meio ao fogo no Pantanal.
Busco provocar no público uma conexão emocional com o planeta. Não pretendo levar mensagens apocalípticas, quero revelar a beleza que ainda existe e, com ela, despertar cuidado, responsabilidade e desejo de reconexão. A tragédia, para mim, não é o fim. É o chamado.
Atualmente, estou focado em equilibrar minha atuação entre o mercado editorial e o audiovisual, expandindo meu trabalho para publicações, exposições, filmes e colaborações com instituições de conservação e pesquisa. Sonho com uma fotografia que atravesse fronteiras e toque consciências. Que ajude a construir uma cultura de pertencimento, e não de separação, em relação à natureza.