ILHA DO CASTILHO
No litoral sul do estado de São Paulo há uma pequena ilha onde muitas aves marinhas fazem seus ninhos. Mas apesar do seu pequeno tamanho, de seu terreno pedregoso e pouco atrativo, essa minúscula porção rochosa no meio do mar não ficou imune às alterações do ambiente causadas pelo ser humano.
Há alguns anos a Ilha do Castilho foi infestada por uma potente espécie invasora, a braquiária. Uma espécie de gramínea muito utilizada em pastagens. Apesar de ser apenas um vegetal, ela ocupou espaço de espécies nativas e se alastrou sobre áreas utilizadas por aves marinhas para construção de seus ninhos.
Acredita-se que a braquiária tenha sido levada na sola de sapato dos pescadores. Sabe-se que muitos homens desembarcavam ali em busca de ovos de aves para se alimentar. Como todo ser vivo, a braquiária tem suas estratégias para perpetuar a espécie. Ao que nos mostra tão eficiente que sua retirada se tornou um desafio e ameaça impossibilitar a nidificação de muitas aves.
Nas fotografias as seguir vemos os atobás se espremendo




Os atobás se espremem entre as pedras e as braquiárias para fazer o ninho nos pequenos espaços que sobram de vegetação nativa. Outras vezes, sem lugar, estão sobre pedras cercadas por braquiárias. E quando conseguem, fazem seus ninhos imersos em meio à vegetação.






Para as fragatas a situação é menos incomoda, uma vez que constroem seus ninhos sobre os arbustos e estes fazem sombra no solo impedindo o crescimento das braquiárias. Porém, boa parte da alimentação das fragatas depende da presença dos atobás na região e a diminuição deles as afetará diretamente.




